sexta-feira, 11 de abril de 2008

Viagem ao 1º Mundial surf em Peniche

Era cedo e a viagem apresentava-se longa ainda tinha de carregar a mota para umas ferias de surf de 15 dias com a minha namorada, prancha e mota, as três coisas que eu mais gostava.
Depois de uma pequena discussão com a namorada, pois ela queria levar a casa as costas, não vendo que íamos de mota e que deveria deixar umas cenas em casa.
- “Pois, mas tu tens de levar essa prancha para todo o lado, eu quase que não tenho sítio para pôr as pernas, ainda vamos cair por causa desta merda.”
-“ Bom tens sempre hipótese de ficar em casa, agora a prancha vai com certeza.”
Respondi-lhe eu.

O destino era Peniche para a 1ª prova a nível mundial de Surf em Portugal á qual eu tive o privilegio de participar e de passar dois heats!
Depois da mota carregada só se via a cabeça do pendura e lá partimos.
Nessa época não havia auto-estrada apenas nos últimos 40km antes de chegar a Lisboa.
Parámos no Canal Caveira para uma bela sandes de carne assada e uma sopa de cozido.
Forças retemperadas e a última etapa até Peniche.
Fomos pela marginal para eu ver as ondas e na passagem por Carcavelos mesmo junto do café do Narciso (um dos melhores surfistas da geração dele) a Lúcia diz:
“- Já está!!!!!!!!”
E quando olhei para a frente, estava o carro da Policia a sair de um parque e espetei-me na traseira do mesmo a 20km/hora. Quando ia a cair lembrei-me da prancha e fiz força para o lado contrário resultado;
A namorada debaixo da mota. Eu no passeio e a prancha a salvo.
É claro os três GNR saíram do carro e começaram logo a gesticular, e eu ignorava-os até ter a certeza que a Lúcia estava bem e a mota trabalhava, pois a prancha parecia ok.
Resolvido o acidente com os bófias e lá fui eu para Lisboa participar do acidente na companhia de seguros.
Chegamos a Peniche quase de noite e montamos a tenda. Fomos jantar e mais tarde descansar pois o campeonato começava dentro de dois dias na Praia do Lagide.

A mota servia de transporte para 4 ou 5 pois no Parque de Campismo estavam alguns dos amigos nossos: João Preto e o Zé dos Cães.
Íamos todos do Parque até ao Lagide de mota com as pranchas, foi um autêntico milagre não termos caído vez nenhuma.
Houve umas ondas todos os dias mas nada de outro mundo.
Antes da final fui surfar umas ondas na Praia do Baleal e quando voltei ia começar a final da Prova.
Pus-me em cima de uma parede, no estacionamento, para ver a final com o fato vestido e comecei-me a despir. As tantas o publico estava a olhar para mim.
E diz a Lúcia:
“Já viste como tu estás?”
Estava nu, e com a vontade de ver a prova, nem reparei no que estava a fazer e logo me apressei em enrolar-me numa toalha.
Essa Etapa foi ganha por Nicki Wood (o fantasma).

Na próxima história vou-lhes revelar um segredo de família.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A minha XL 600















A minha xl 600 alta mota

Este terreno e onde e hoje a escola nova e a bomba da gasolina

Viagem a Sagres de moto

Nem sequer tinha carta de carro faltava um mês para tirar mas já tinha de mota. Uma XL 600 Honda igual a do meu amigo Carica.
O Carica tinha inventado um sistema para levar as pranchas na mota então eu logo me apressei a fazer um sistema igual, e logo nesse fim de semana eu e o meu causin lary metemos duas pranchas na mota e abalamos para mais um fim de semana para Sagres.
Composição da mota: Dois surfistas, duas pranchas.os respectivos sacos uma carga daquelas lá abalamos direito as ondas e a casa da Dona Maria que nos recebia como se vocemos da família.Era o nosso surf camp e pagávamos 2,5€por dia (500 escudos) e ainda comíamos o jantar na casa principal.
Apanhamos altas ondas e a noite umas bifas no Rosa-dos-ventos o bar da altura. No dia seguinte com a pressa de ir para as ondas logo pela manha e depois de estarmos os dois na mota arranco e já no cruzamento reparei que tinha perdido uma coisa o meu primo tinha ficado caído lá atrás com o arranque eheheeh.
No regresso a casa o gajo teimava em dar-me cabeçadas e eu já irritado com ele mas quando já ia desatinar reparei que afinal vinha a dormir aquilo e que era confiança no piloto.

A próxima viagem também vai ser de mota uma ida a Peniche para o 1º campeonato mundial de surf que se realizou em Portugal e que eu participei mas o pendura era outra.


Praia do Baleal Penhiche 1986
A minha companheira de viagem uma "quad" 5`8``

terça-feira, 1 de abril de 2008

A minha 1ª viagem

Estávamos em 1986 e depois de ter conhecido um grande surfista da Figueira da Foz o Ze Alexandre.
Mais conhecido por Zé Surf e que me mostrou como se faz um pico de pato convidou-me para passar uns dias na casa dele que acabou por ser na casa da sua namorada de então que era a Estela também ela surfista (1ªmulher que via fazer surf cã no burgo).
Partimos em direcção a Figueira eu e o meu Primo Etienne (Neto) a 1ª ligação foi Faro-Montemor Novo em Autocarro da carreira as varias horas de viagens foram passadas a ouvir fones sim daqueles de cassete, não havia cã ipod ou CD nem revistas de surf e a colar cagaitas na cabeça de um careca que ia a nossa frente e a dormir claro.
Depois de chegarmos a Montemor só tínhamos outro autocarro para Coimbra duas horas depois então resolvemos explorar a vila, encontramos então o mercado onde compramos alguma fruta e a cena do melão foi clássica.
Estávamos num jardim a comer o melão sentados num banco e começamos a ouvir:
- Os meninos não podem estar ai a comer…….
O meu primo voltasse para trás para ver quem era mas tinha uma faca de mato na mão que nos usávamos nos escuteiros e o guarda do jardim ao ver tal arma e dois moços marafados todos loiros e desgadelhados com uma faca na mão:
- Bom se não deixarem todo sujo acabem lá de comer e joguem as cascas fora.
Nos nem dissemos uma palavra e continuamos a comer o meu primo ainda acenou com a faca em sinal de agradecimento.
Ao chegar ao autocarro não encontrávamos as pranchas estavam subterradas com sacas de batatas e nos em grande aflição começamos a tira-las.
Chegou o motorista e disse calma menino o barquinho não se parte eu quase me saltava a tampa com o homem mas lá passamos as pranchas para cima e com mais umas mossas lá continuamos a nossa viagem.
Chegamos a Coimbra e mais umas horas de espera bom resolvemos ir a uma casa de jogos a pensar que era o café Paris mas logo nos apercebemos que ali a coisa era mais seria e que provavelmente era o sitio dos mafiosos lá do sitio mas já não podíamos voltar para trás e lá abrimos uma mesa de snoker e afinal ninguém nos disse nada.
Lá apanhamos a última ligação ate a Figueira e no nosso imaginário só existiam ondas e mais ondas e alguma curiosidade de ver as mulheres do Norte carrago.
Já era de noite quando chegamos e depois de procurar um telefone para ligar ao nosso amigo (telemóveis nem faziam parte do imaginário) lá fomos com o nosso anfitrião e logo ficamos a saber que o mar estava grande.
No dia seguinte logo pela manha Cabedelo da Figueira altas ondas para direita com um canal junto ao molhe quem fazia as esquerdas parava no canal mas quem ia para a direita ficava no meio da rebentação e para uns putos que não estavam habituados aquilo não estava fácil.
Nos dias que se seguiram foi só surf (fabrica do cimento, Buarcos, ss, cabedelo)
Num dos dias fomos a Peniche no carro do Zé altas ondas alto por do sol nunca mais vou esquecer.A 1ª viagem e inesquecível eu e o meu irmão cusin lari foi perfeito